A criação do logotipo

Qualquer projeto precisa de um logo. Essas imagens tão icônicas para certas marcas ajudam a criar identidade, reconhecimento e podem acabar representando ideias bem grandes.

No caso deste blog pessoal, eu simplesmente queria ter algo para colocar no favicon. Nesse caso, a existência de um logo é uma mera tecnicalidade.

Como tenho um certo background em marketing, especialmente marketing digital e a minha carreira como criador de conteúdo também exigiu que eu desenvolvesse algumas habilidades em softwares de design, criar um logo por conta própria não está fora do meu alcance.

Decidi eu mesmo fazer um simples logo. Meu primeiro impulso foi um “Ah! Faz qualquer coisa! Vai ser um favicon…”, mas o primeiro impulso, não foi o último.

Eu não consigo desconectar a necessidade de significado das coisas tão facilmente e o simples logo acabou não sendo tão simples assim.

Existem diversos softwares que podem ser usados para isso, mas eu sempre gostei do Inkscape para desenhos vetoriais, como é caso dos logotipos.

Logo Dionatan Simioni no Inkscape
Design criado no software Inkscape

Por mais simples que sejam, bons logos precisam ter algumas propriedades. Elas não são obrigatórias, mas podem ser convenientes:

  • Logos precisam ser feitos como vetores para que você possa mudar a escala deles. Isso permite que eles sejam usados desde um favicon, até um outdoor, caso seja preciso;
  • Eles precisam ser reconhecíveis a qualquer distância. Um logo com muitos detalhes pode se tornar indistinguível;
  • Idealmente eles devem permitir a alteração de cores sem que as propriedades-base sejam perdidas. Isso geralmente significa usar poucas cores, no máximo quatro, sendo que duas costumeiramente são sub-tons.

O logo da Apple é um ótimo exemplo disso. Tanto que eu nem preciso colocar uma imagem dele aqui para uma imagem dele se formar na sua cabeça provavelmente. 🍎

E claro, é interessante que eles carreguem algum significado.

Num primeiro momento eu não pretendo usar um logo no blog, estou em paz com a ideia de simplesmente usar o meu nome com uma fonte como o logo do cabeçalho, mas, mesmo assim, já que eu precisava fazer um favicon (que é essa imagem que fica na aba do navegador, caso você não saiba), decidi pensar um pouco mais sobre como criar essa imagem.

Posso não ter depositado muita reflexão no projeto, é verdade, nem era essa intenção, mas usei uma técnica comum e até um pouco preguiçosa para a criação de logos que funcionou como um atalho: Usei as letras da marca, nesse caso, do meu nome, para moldar a imagem final.

Logotipo com elementos separados
Elementos do logo destacados para maior clareza.

A lógica por trás desse logo é simples:

  • Eu queria algo minimalista, assim como o próprio site. Preto no branco é simples, funciona e representa muito bem este estilo;
  • Como eu não queria que fosse um círculo totalmente preto, adicionei um degradê suave de baixo para cima, onde a parte superior é um pouco mais clara, mas não muito;
  • As gravuras são as letras do meu nome na vertical “DS” de Dionatan Simioni. A letra “V” é do meu nome do meio, que raramente uso e aqui está representada em menor tamanho também.

O resultado ficou interessante. Como você pode ver, a pareidolia faz o restante.

Ela nos faz personificar levemente o logo quando as cores são uniformes.

Lembra um robô, como referência a tech, lembra uma pessoa pensando, pode lembrar até um queixo com barba, ou mesmo uma xícara de café com vapor. Use a imaginação.

Os resultados que se pode ter só brincando com as imagens é bem interessante. Depois de olhar por muito tempo para ele, o logo se transformou no Metabee dos Medabots, desenho/anime que eu curtia muito na infância.

Escolhi um lema também

Geralmente ao criar um site, além do nome, é comum escolher um subtítulo. Costumeiramente, esse subtítulo é pensando na otimização para os motores de busca (SEO), mas esse não é o caso por aqui.

Decidi usar o “Just for Fun” como “lema”. Ele é simples e tem um significado mais profundo também.

O primeiro ponto é que, de fato, esse é um projeto “Just for Fun”, ou seja, só por diversão. O segundo ponto é que essa expressão é o nome de livro de mesmo nome que conta a história da criação do Linux, por Linus Torvalds.

No e-mail original onde ele conta sobre a sua criação, ele se refere ao Linux como “um hobby”:

I’m doing a (free) operating system (just a hobby, won’t be big and professional like gnu) for 386(486) AT clones…[…]

O resto é história, como dizem. Meu envolvimento com Linux ao longo dos anos e minha admiração pela comunidade open source estimularam o meu fascínio por projetos despretensiosos.

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